Toda reforma gera algum transtorno. |
O Brasil necessita de várias reformas estruturais, dentre as quais se destacam a reforma da previdência e a reforma trabalhista, que afetam diretamente a vida dos brasileiros.
Toda reforma dá mais trabalho do que inicialmente imaginamos, por isso muitas pessoas preferem deixar as coisas como estão, sendo vítimas do próprio comodismo cedo ou tarde. Devemos saber diferenciar quando reformas são necessárias e quando podemos seguir em frente, independentemente delas.
A reforma previdenciária, por exemplo: sabemos que nos moldes atuais a previdência social não dará conta da demanda crescente em questão de poucos anos. Mas a gritaria é geral para criticar o novo modelo proposto,que fará as pessoas trabalharem até os 65 anos de idade, no mínimo, com descontos crescentes para quem contribuir menos do que 49 anos.
Está ruim? Pode ficar pior? A questão não é essa, pois vai ficar pior de qualquer modo.
Será tanto melhor para o brasileiro descobrir, o quanto antes, que ele simplesmente não deve contar com a previdência social para se aposentar, e que o próprio conceito de aposentadoria deve ser revisto. Ao invés de nos aposentarmos, deveríamos buscar a independência financeira, que nos proporciona a liberdade para fazer aquilo que mais gostamos, inclusive trabalhar.
Não conte com a previdência social. Procure saber como você pode adquirir independência financeira através de investimentos inteligentes.
Outra reforma que preocupa muito as pessoas é a reforma trabalhista. As centrais sindicais são contra a liberação da terceirização plena do trabalho, que elas consideram ser a precarização das relações trabalhistas, reafirmando conceitos maniqueístas que tratam os patrões como vilões e a classe trabalhadora como injustiçada.
Com ou sem reforma trabalhista, os contribuintes estão sendo empurrados para constituírem pessoas jurídicas. Muitos que recebem o salario oficial de uma empresa, já estão recebendo uma quantia "por fora" para que os encargos não se avolumem a cada aumento de salário concedido. Sobra para o assalariado justificar a renda extra na declaração anual do imposto, as vezes fazendo isso na forma de "MEI", quando o micro empreendedor individual não precisa emitir notas fiscais.
Aos poucos, mesmo aqueles que vendem sua mão de obra em troca de um salário com carteira assinada, estão se dando conta de que eles são empresários de si mesmos. E aí está o "X" da questão: não devemos criticar os patrões, pois na prática todos nós somos patrões em algum grau.
Aqui no Brasil, quanto mais cedo aprendermos que estamos por conta própria, melhor vamos reagir diante das adversidades crescentes. Os sindicatos não conseguem nos proteger, os patrões não conseguem gerar empregos para todos e o governo é somente a maior boca que devemos alimentar com o dinheiro que ganhamos.
Com reforma ou sem reforma, estamos sozinhos. Por mais cruel que isso possa parecer, é melhor você saber disso.
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